Todos os dias

Pinóquio e o lençol mágico

05 de maio | 11:00 e 06 de maio | 16:00

Biblioteca de Marvila

Texto: Rui Xerez de Sousa, a partir de “As Aventuras de Pinóquio” de Carlo Collodi

Nesta nova aventura, Pinóquio descobre que há lençóis que tornam as pessoas inteligentes. Se conseguir comprar um lençol da superinteligência, nunca mais vai precisar de ir à escola e, melhor que tudo, vai conseguir inventar uma forma de transformar bolachas de água e sal (blarg!) em ouro. Porém, para ser um menino de verdade, Pinóquio vai descobrir que é preciso mais do que um lençol mágico: vai ser preciso mentir! Felizmente, Pinóquio é um magnífico mentiroso.

Esta adaptação de “As Aventuras de Pinóquio” recria o universo da personagem de Carlo Collodi, transportando-o para a atualidade, onde a mentira e a verdade tantas vezes se confundem. Naquela que é uma jornada, repleta de peripécias e humor, Pinóquio vai descobrir o valor da dúvida e, sobretudo, a importância da mentira. Sim, Pinóquio é um mentiroso, mas será que a mentira é assim tão má? O que aconteceria se disséssemos sempre a verdade?

Ficha artística e técnica
Texto: Rui Xerez de Sousa, a partir de “As Aventuras de Pinóquio” de Carlo Collodi
Encenação: Patrícia Pinheiro
Interpretação: Catarina Rabaça, Pedro Giestas, Tadeu Faustino, Zé Bernardino
Espaço cénico: Marta Fernandes da Silva
Figurinos: Marta Iria
Desenho de luz: Almeno Gonçalves e Natália Luiza
Assistência de encenação: Diana Palmerston Melo
Montagem e operação técnica: Gi Carvalho
Assist. cenografia e dir. cena Marco Fonseca
Técnico: Hugo Tomás
Assist. de comunicação e produção: Rita Mendes e Teresa Serra Nunes
Produção executiva: Susana Monteiro
Dir. produção: Rita Conduto
Direção artística: Miguel Seabra e Natália Luiza

Falar Estranhês – oficina de expressão dramática

05 de maio | 17:00

Biblioteca Palácio Galveias, Sala Polivalente

FORMAÇÃO: CATARINA REQUEIJO e MANUELA PEDROSO
DESTINATÁRIOS: Professores, educadores, outros agentes da ação educativa

Na sequência da apresentação do espetáculo Falas Estranhês?, as duas formadoras propõem uma oficina que convida à reflexão sobre o tema abordado no espetáculo e explora o corpo, a voz e a expressão dramática como ferramentas de comunicação. Através de uma série de exercícios práticos, as formandas são convidadas a desafiar a sua criatividade e a explorar instrumentos que facilitem a sua prática diária num contexto multilingue e multicultural crescente.

Recomenda-se o uso de roupa e calçado confortável na oficina.

Inscrições abertas!
Formulário de inscrição

Informações adicionais:
festival@lisboa5l.org

Eugénio de Andrade, Ostinato Rigor

06 de maio | 15:00

Livraria Almedina Rato

CONVIDADOS: FERNANDO PINTO DO AMARAL e JÚLIO MACHADO VAZ
MODERAÇÃO: NUNO ARTUR SILVA

… Dos poetas portugueses do século vinte, Eugénio de Andrade foi, talvez, aquele que mais se aproximou das raízes da cultura portuguesa, servindo-se dela e servindo-a, como diz Óscar Lopes, através da «evidência de um paraíso puramente terrestre, emanação do desejo e perceptível à simples transparência dos ritmos frásicos orais, das conotações de um léxico severamente escolhido e sobre o qual opera um permanente movimento de metáfora para um mesmo conjunto de elementos míticos fundamentais: a terra densa com os seus frutos e corpos; a água fluvial ou marinha; o ar, ou tudo o que há de volátil; o lume, ou ardor, ou ainda a luz pura de um Abril adolescente, de um Verão a prumo, ou de um Outono dourado a rever-se, a desdobrar-se em perduração aprilina, juvenil.» E neste universo de um paganismo de raízes fundamentalmente autóctones, destaca-se o primordial dessas raízes – e continuamos a citar Óscar Lopes: ora «a lírica solar, meridional, mediterrânica da presença sensível», ora «aquilo que parece ter sido a mais importante relação humana do poeta, a relação com a mãe (…)». Cada um dos poemas de Eugénio encerra na sua unidade um depuradíssimo trabalho da língua, que o poeta sente como sendo o seu mais importante compromisso e maior dádiva original…

[Fonte: DGLAB, Centro de Documentação de Autores Portugueses]

A língua à nossa volta – oficina de escuta e elocução

06 de maio | 15:00

Biblioteca Orlando Ribeiro

FORMAÇÃO: PAULO QUEDAS
DESTINATÁRIOS: Maiores de 10

Na peça Eu Cá, Tu Lá foram usadas gravações de enunciados provenientes de diversos contextos como, por exemplo, discursos motivacionais, anúncios de prémios de lotaria, tutoriais do YouTube ou entrevistas feitas a crianças de diferentes regiões de Portugal. Nesta oficina, em contexto de prática coral, trabalha-se sobretudo a escuta e a elocução, procurando responder a estas perguntas: Como podemos dizer todos juntos uma só coisa ao mesmo tempo e da mesma maneira, com a mesma prosódia, o mesmo sotaque e a mesma intenção? Como falam as pessoas que nos rodeiam?

Todo Mundo SLAM

06 de maio | 15:00

Biblioteca de Alcântara

COM: MARIA GIULIA PINHEIRO, IVAN BRAZ, OBE e TATIANA COBBETT

15H00–17H00
Poesia é coisa de… jovem | Oficina para adolescentes
Dos 11 aos 17 anos

Escrever sobre os nossos sentimentos e inquietações não é nada fácil, mas existem afetos que só saem por escrito.  A oficina de escrita criativa para adolescentes propõe dispositivos para que cada participante crie um poema a partir de suas próprias vivências e/ou fantasias. Maria Giulia Pinheiro é poeta e arte-educadora especializada pela Universidade de São Paulo. Professora de teatro e performance com experiência em projetos sociais e em escolas, tanto no Brasil quanto em Portugal. Ficou em 4.º lugar como poeta/performer na Copa do Mundo de Palavra Falada, em França, em 2020, representando Portugal, e recebeu o Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina em 2022 com o texto “Isso não é Relevante”. É também autora de outros 4 livros de poesia e de diversos espetáculos teatrais.

18h–22h
Todo Mundo Slam | Slam de poesia
Um concurso de poesia falada em que o público é soberano. Ao contrário da maioria dos eventos de poesia, o poetry slam é caótico, barulhento, energético, algo entre um estádio, um show, uma tertúlia com os nossos melhores amigos, mas numa biblioteca viva. Venha ouvir poesia, falar, conviver e trocar. As regras são: cada poeta tem 3 minutos para conquistar a plateia e mostrar que pode falar mais um poema na próxima ronda. Sem acompanhamento musical, sem figurino e sem objeto cénico. Ao fim de 3 rondas, o público decide a/o poeta vencedor(a). Traga os seus poemas ou venha só preparado para ouvir. O Todo Mundo Slam é um poetry slam cujo lema é: ternura, diversão e escuta radicais. Livre. Gratuito. Com bar no evento, tudo custa um euro. Durante o evento há apresentações de livros, performances e microfone aberto.

18h30
REMOSO, de Ivan Braz | Lançamento
O livro percorre uma infância que se insinua para vida adulta. Poemas que guardam a força inaugural dos sentidos e simultaneamente se despedem deles. Uma espécie de jogo que nunca termina. Ivan braz nasceu em Feira de Santana, na Bahia. Tem publicações de contos e poemas em revistas literárias. Recentemente publicou Remoso (editora Urutau), o seu primeiro livro.

18H50
OBE | Performance
“Ouves o grito dos mortos?”, a partir da obra Húmus, de Raul Brandão.
OBE (@obe_estuario) é um projecto de palavra falada num terreno sonoro semi-improvisado. Mais em: https://obesound.weebly.com

19H20
Dona Poesia, de Tatiana Cobbett | Performance Poético Sonora
Tatiana Cobbett é compositora, cantora, bailarina e poeta. Com 1 livro de poemas publicado e várias participações em publicações literárias, 05 Cds gravados, 09 singles lançados, dezenas de concertos no Brasil, América Central, América Latina, alguns países da Europa e uma vasta atuação de mais de 20 anos. Consolidou a sua trajetória trabalhando o autoral, fomentando parcerias e atuando fortemente na arte independente. Uma artista multifacetada que entende que arte não é só entretenimento e, neste sentido, sempre procurou acrescentar um olhar pesquisador e crítico, bebendo em variadas fontes e misturando linguagens na sua atuação e processo de criação.

19h40
TODO MUNDO SLAM | Slam de poesia

Biblioteca do Fim do Mundo

06 de maio | 24:00 e 07 de maio | 17:00

Biblioteca de Alcântara

CONCEÇÃO E DIREÇÃO: ALEX CASSAL
INTÉRPRETES: ALEX CASSAL, CLÉLIA COLONNA, GAYA DE MEDEIROS, JOÃO SILVESTRE, MARIA JORGE

BIBLIOTECA DO FIM DO MUNDO é um espetáculo concebido para ser apresentado em bibliotecas. Numa época em que o mundo parece andar à espera do apocalipse, um pequeno grupo de espectadores irá passar um tempo na companhia de um pequeno grupo de performers, numa jornada que passará por autores como Ray Bradbury, Matilde Campilho, Homero, Alice Walker, Ana Maria Gonçalves, Ocean Vuong, Virginie Despentes, Clarice Lispector, Chimamanda Ngozi Adichie, Jun’ichirō Tanizaki, Ursula K. Le Guin, Ailton Krenak, Caetano Veloso, Warsan Shire, Alberto Manguel, Jorge Luís Borges, Svetlana Alexievich, Emily Brontë, Umberto Eco, José Saramago e incontáveis outros. Uma noite entre as estantes repletas de uma biblioteca, a conversar em voz baixa para não acordar aqueles que porventura tenham adormecido. Uma noite a pensar no passado, no presente e no futuro, percorrendo as histórias que criamos para iluminar as trevas enquanto o amanhecer não chega.

Entrada livre, limitada à lotação do espaço. Levantamento de senhas de acesso 30 minutos antes do início do espetáculo, na Biblioteca de Alcântara.

Informações adicionais:
festival5l@cm-lisboa.pt

Ficha artística/técnica
conceção e direção: Alex Cassal
criação: Alex Cassal, Bruno Huca, Estelle Franco, Keli Freitas
performance: Alex Cassal, Clélia Colonna, Gaya de Medeiros, João Silvestre, Maria Jorge
voz áudio: Bruno Huca
colaboração na dramaturgia: Joana Frazão
desenho de luz: Tomás Ribas executado por João Teixeira
instalações visuais: Elsa Mencagli
apoio cenográfico: Saulo Santos

co-produção: Má-Criação, casaBranca / Festival Verão Azul / Cine-Teatro Louletano
residências de co-produção: Festival Verão Azul 2020, O Espaço do Tempo
parceiros na criação: Biblioteca de Marvila, CML – Polo Cultural Gaivotas / Boavista
apoio: República Portuguesa – Cultura / Direcção-Geral das Artes
parceiro institucional: República Portuguesa / Ministério da Cultura
estreia: Festival Verão Azul – Loulé 2021

Duração | 03:00

Outras Palavras – Leituras por Lívia Nestrovski

07 de maio | 19:00

Biblioteca Palácio Galveias, Sala Agustina Bessa-Luís

CONVIDADA: LÍVIA NESTROVSKI

Lívia Nestrovski tem-se destacado pela originalidade dos seus projetos musicais de fusão e pela inventividade construída a partir da canção popular e da língua coloquial. No Lisboa 5L, as palavras de poetas portugueses e brasileiros do século XX são interpretadas pela voz desta artista. Que transmutação se dá? Que música nova vem à poesia?

1. Manuel Resende (1948-2020) – “Por Exemplo”
2. João Miguel Fernandes Jorge (1943) – “Como conversávamos aquela noite”
3. Pedro Tamen (1934-2021) – “Palavras Minhas”
4. Margarida Vale de Gato (1973) – “Intercidades”
5. Guinga (1950) e Aldir Blanc (1946-2020) – “Neblina e Flâmulas”
6. Regina Guimarães (1957) – “O Livro dos Mortos”
7. Margarida Vale de Gato (1973) – “Nas traseiras da cidade ocupada”
8. Chico Buarque (1944) e Ruy Guerra (1930) – “Fortaleza”
9. Maria Teresa Horta (1937) – “Pequena Cantiga à Mulher”
10. Chico Buarque (1944) – “Umas e Outras”
11. Daniel Faria (1971-1999) – “As mulheres aspiram a casa para dentro dos pulmões”
12. Luiza Nego Jorge (1939) – “O sítio em vista”
13. António Reis (1927-1991) – “É domingo hoje”
14. Manuel de Gusmão (1945) – Sem título [“Lês com ferocidade suspensa”]
15. Carlos de Oliveira (1921-1981) – “Salto em Altura, V”
16. Ruy Belo (1933-1978) – “O homem dos sonhos”
17. Daniel Jonas (1973) – “O meu poema teve um esgotamento nervoso”
18. Alexandre O’Neill (1924-1986) – “Estórias Quadrinhadas: É Proibido o Macê”
19. [domínio público] “Dois Trilho Dois Trole, Dois Trem”
20. Zeca Baleiro (1956) – “A Sílaba Si”
21. Herberto Helder (1930-2015) – “Bicicleta”
22. Herberto Helder (1930-2015) – Sem título [“li algures que os gregos antigos não escreviam necrológios”]
23. Fernando Pessoa (1888-1935) e Sueli Costa (1943) – “Segue Teu Destino”
24. Natália Correia (1923-1993) – “Creio nos anjos que andam pelo mundo”
25. António Franco Alexandre (1944) – Sem título [“Perdoa, não sabia que cantavas em sossego”]
26. José Saramago (1922-2010) e Luís Pastor (1952) – “Nesta Esquina do Tempo”
27. Daniel Jonas (1973) – “Não fui margem sem outra margem onde ligar os braços”
28. Natália Correia (1923-1993) – “Auto-retrato”
29. Guinga (1950) e Aldir Blanc (1946-2020) – “Nem Cais, Nem Barco”
30. Ana Luísa Amaral (1956) – “A génese do amor”
31. Gilberto Gil (1942) – “Rebento”