Na Biblioteca com Nástio Mosquito
0: O Corpo vs. Transcendência vs Morte
Biblioteca de Marvila
CONVIDADOS: NÁSTIO MOSQUITO e KALAF EPALANGA
Terceira parte da trilogia Empoderamento de uma Geração
Na Biblioteca de Marvila, o artista de multimédia Nástio Mosquito convida Kalaf Epalanga para com ele desenhar um gesto sónico, uma sessão de escuta que abre com uma conversa sobre as palavras não ditas que habitam o 0.
Brinda-se.
Escuta-se.
Reparte-se o pão.
À sessão coletiva de escuta, segue-se a abertura do palco a quem, de entre o público, traga comentários, perguntas, reflexões. A confiança para sermos um de muitos, o reconhecimento do Eu no Nós, a alegria da celebração do nosso anseio por uma boa história, essa é a experiência.
Convidados
Nástio Mosquito nasceu em Angola (1981), fez a maior parte dos seus estudos em Portugal e vive na Bélgica.
O artista vem sendo reconhecido como um dos artistas mais promissores da sua geração e recebeu mesmo, [em 2014], o Future Generation Art Prize. Com raízes na indústria da televisão, onde trabalhou como realizador e operador de câmara, as sua atuações abrangem tanto o vídeo como a música, a performance e a instalação.
Em termos teatrais, Nástio Mosquito costuma instalar-se no centro do palco e e aí assumir diferentes papéis, por meio da mímica, para exprimir ideias que lhe advêm não tanto das suas crenças mas mais da sua observação da loucura humana no contexto da vida moderna. A distância entre a sua verdadeira identidade e tal caracterização permite-lhe assumir-se ora como transgressor ora como amável, ou cínico, profano, vulgar…
O que acontece é que, servindo-se de diferentes meios, o artista comenta um futuro em que se tornarão redundantes, ou irrelevantes, tanto a categorizarão das identidades culturais como as fronteiras entre diferentes formas de arte e entre a cultura popular e a erudita.
A sua consciência de artista é, além disso, acompanhada da preocupação com a política africana, sobretudo a angolana – que lida com o legado de uma guerra civil longa e sangrenta –, as desigualdades em função do género e o consumismo desenfreado, entre outros sintomas da globalização.
Nástio Mosquito tem atuado em festivais de música no contexto das artes visuais – a Bienal de Bordéus (2009), a Tate Modern (2012), a Coleção Berardo (2013) –, ao mesmo tempo que mantém uma visível presença online, o que inclui uma app e um álbum, Se eu fosse angolano (2014). O seu primeiro espetáculo a solo num museu, Daily Lovemaking, foi dado em Birmingham em 2015. Antes disso, tinha integrado coletivos em 9 Artists, no Walker Art Center (2013), Politics of Representation, na Tate Modern (2012), e na 29.ª Bienal de São Paulo (2010).
[Traduzido da página oficial do Festival de Berlim, 2016]
Entre as suas performances dos últimos anos, contam-se O Que a Minha Avó Me Deu / What my grandmother gave me no MAAT de Lisboa (2019), No. One. Gives. A. Mosquito’s. Ass. About. Trabalho. De. Preto – Hino de Carne, com Diogo + Moreno Ácido & B Fachada, na Galeria Municipal do Porto (2020) e a trilogia Empowerment of a generation (2022), precisamente aquela de que traz uma parte a Lisboa, à Biblioteca de Marvila, no âmbito do Lisboa 5L
Nástio Mosquito nasceu em Angola (1981), fez a maior parte dos seus estudos em Portugal e vive na Bélgica.
O artista vem sendo reconhecido como um dos artistas mais promissores da sua geração e recebeu mesmo, [em 2014], o Future Generation Art Prize. Com raízes na indústria da televisão, onde trabalhou como realizador e operador de câmara, as sua atuações abrangem tanto o vídeo como a música, a performance e a instalação.
Em termos teatrais, Nástio Mosquito costuma instalar-se no centro do palco e e aí assumir diferentes papéis, por meio da mímica, para exprimir ideias que lhe advêm não tanto das suas crenças mas mais da sua observação da loucura humana no contexto da vida moderna. A distância entre a sua verdadeira identidade e tal caracterização permite-lhe assumir-se ora como transgressor ora como amável, ou cínico, profano, vulgar…
O que acontece é que, servindo-se de diferentes meios, o artista comenta um futuro em que se tornarão redundantes, ou irrelevantes, tanto a categorizarão das identidades culturais como as fronteiras entre diferentes formas de arte e entre a cultura popular e a erudita.
A sua consciência de artista é, além disso, acompanhada da preocupação com a política africana, sobretudo a angolana – que lida com o legado de uma guerra civil longa e sangrenta –, as desigualdades em função do género e o consumismo desenfreado, entre outros sintomas da globalização.
Nástio Mosquito tem atuado em festivais de música no contexto das artes visuais – a Bienal de Bordéus (2009), a Tate Modern (2012), a Coleção Berardo (2013) –, ao mesmo tempo que mantém uma visível presença online, o que inclui uma app e um álbum, Se eu fosse angolano (2014). O seu primeiro espetáculo a solo num museu, Daily Lovemaking, foi dado em Birmingham em 2015. Antes disso, tinha integrado coletivos em 9 Artists, no Walker Art Center (2013), Politics of Representation, na Tate Modern (2012), e na 29.ª Bienal de São Paulo (2010).
[Traduzido da página oficial do Festival de Berlim, 2016]
Entre as suas performances dos últimos anos, contam-se O Que a Minha Avó Me Deu / What my grandmother gave me no MAAT de Lisboa (2019), No. One. Gives. A. Mosquito’s. Ass. About. Trabalho. De. Preto – Hino de Carne, com Diogo + Moreno Ácido & B Fachada, na Galeria Municipal do Porto (2020) e a trilogia Empowerment of a generation (2022), precisamente aquela de que traz uma parte a Lisboa, à Biblioteca de Marvila, no âmbito do Lisboa 5L
Kalaf Epalanga (1978) é um escritor e músico nascido em Benguela, Angola, e radicado em Berlim. Como músico, é co-fundador da editora discográfica Enchufada e membro da banda Buraka Som Sistema (em hiato desde 2016). Escreveu crónicas para o jornal Público, GQ Magazine (Portugal) e REDE Angola e atualmente escreve para a revista literária brasileira Quatro Cinco Um. Foi também curador da edição African Book Festival 2021 em Berlim. Publicou pela Editorial Caminho, duas coleções de crónicas ‘Estórias de Amor para Meninos de Cor’ e ‘O Angolano que Comprou Lisboa (Por Metade do Preço)’. ‘Também os Brancos Sabem Dançar’ é o seu primeiro romance.
Kalaf Epalanga (1978) é um escritor e músico nascido em Benguela, Angola, e radicado em Berlim. Como músico, é co-fundador da editora discográfica Enchufada e membro da banda Buraka Som Sistema (em hiato desde 2016). Escreveu crónicas para o jornal Público, GQ Magazine (Portugal) e REDE Angola e atualmente escreve para a revista literária brasileira Quatro Cinco Um. Foi também curador da edição African Book Festival 2021 em Berlim. Publicou pela Editorial Caminho, duas coleções de crónicas ‘Estórias de Amor para Meninos de Cor’ e ‘O Angolano que Comprou Lisboa (Por Metade do Preço)’. ‘Também os Brancos Sabem Dançar’ é o seu primeiro romance.