Eduardo Lourenço, Portugal, Mito e Destino

Livraria Barata – Lugar de Cultura
CONVIDADOS: GONÇALO M. TAVARES, LÍDIA JORGE e MARGARIDA CALAFATE RIBEIRO
MODERAÇÃO: ISABEL LUCAS
… Indiferente à sucessão de correntes teóricas, e fugindo tanto ao historicismo como a pretensas análises objectivas, a perspectiva de Eduardo Lourenço influenciou já outros autores […] e encontra-se enunciada num livro central, Tempo e Poesia(1974). Aí se defende um conceito criativo da crítica entendida não como apropriação da obra, mas sim como infinito e indefinido diálogo com ela e a partir dela. Desse estatuto dialogante [continuaram] ainda a dar vivos sinais os ensaios de Eduardo Lourenço, que pelo fulgor da intuição ou pela vasta amplitude cultural justificam a noção que hoje se tem do Autor como um dos principais ensaístas e pensadores portugueses…
Convidados
Lídia Jorge estreou-se em 1980 com o romance O Dia dos Prodígios, mas foi com A Costa dos Murmúrios, publicado em 1988, que a sua obra se afirmou em Portugal e no estrangeiro. Além de romance, tem publicado contos, ensaios, crónicas, teatro e livros para a infância. Entre os títulos mais destacados no domínio da ficção, contam-se O Vale da Paixão, O Vento Assobiando nas Gruas, Os Memoráveis ou, mais recentemente, Misericórdia. Os seus livros estão traduzidos em trinta línguas tendo recebido os principais prémios nacionais e vários estrangeiros, entre eles o Prémio Albatros da Fundação Günter Grass, o Prémio FIL de Literaturas em Línguas Românicas de Guadalajara ou, mais recentemente, o Prémio Médicis Étranger de 2023. A Costa dos Murmúrios e O Vento Assobiando nas Gruas foram adaptados ao cinema respetivamente por Margarida Cardoso e por Jeanne Waltz. Lídia Jorge é cronista assídua do Jornal de Letras, Público e El País.
Lídia Jorge estreou-se em 1980 com o romance O Dia dos Prodígios, mas foi com A Costa dos Murmúrios, publicado em 1988, que a sua obra se afirmou em Portugal e no estrangeiro. Além de romance, tem publicado contos, ensaios, crónicas, teatro e livros para a infância. Entre os títulos mais destacados no domínio da ficção, contam-se O Vale da Paixão, O Vento Assobiando nas Gruas, Os Memoráveis ou, mais recentemente, Misericórdia. Os seus livros estão traduzidos em trinta línguas tendo recebido os principais prémios nacionais e vários estrangeiros, entre eles o Prémio Albatros da Fundação Günter Grass, o Prémio FIL de Literaturas em Línguas Românicas de Guadalajara ou, mais recentemente, o Prémio Médicis Étranger de 2023. A Costa dos Murmúrios e O Vento Assobiando nas Gruas foram adaptados ao cinema respetivamente por Margarida Cardoso e por Jeanne Waltz. Lídia Jorge é cronista assídua do Jornal de Letras, Público e El País.

© Sophie Bassouls

© Joana Caiano
Gonçalo M. Tavares é autor de uma vasta obra que está a ser traduzida em cerca de cinquenta países. A sua linguagem, em rutura com as tradições líricas portuguesas, e a subversão dos géneros literários fazem dele um dos mais inovadores escritores europeus da atualidade. Recebeu importantes prémios em Portugal e no estrangeiro. Em Portugal, destacam-se o Grande Prémio de Romance e Novela da APE, o Prémio Literário José Saramago, o Prémio Fernando Namora, entre outros. Em França, Aprender a Rezar na Era da Técnica foi premiado com o Prix du Meilleur Livre Étranger em 2010, prémio atribuído antes a autores como Elias Canetti, Robert Musil, Orhan Pamuk, Philip Roth, Gabriel García Márquez, entre outros. Recebeu ainda o Premio Internazionale Trieste Poesia em 2008, o Prémio Belgrado Poesia em 2009, o Grand Prix Littéraire du Web Cultura em 2010 e duas vezes o Prémio Oceanos no Brasil, tendo sido finalista por diversas vezes do Prix Médicis e do Prix Femina. Saramago vaticinou-lhe o Prémio Nobel. Vasco Graça Moura escreveu que Uma Viagem à Índia dará ainda que falar dentro de cem anos. Alberto Manguel considerou-o um dos grandes autores universais. Em entrevista recente, Vila-Matas comparou-o a Kafka e Lobo Antunes. O mesmo já fizera a The New Yorker, afirmando que, tal como em Kafka e Beckett, Gonçalo M. Tavares mostrava que a «lógica pode servir eficazmente tanto a loucura como a razão». Recentemente, Gonçalo M. Tavares recebeu o primeiro prémio pelo conjunto da sua obra, o Prémio Literário Vergílio Ferreira 2018, pela «originalidade da sua obra ficcional e ensaística, marcada pela construção de mundos que entrecruzam diferentes linguagens e imaginários». Em 2019, recebeu o prémio de melhor tradução literária no México com o livro Uma Menina Está Perdida no Seu Século à procura do Pai.
Gonçalo M. Tavares é autor de uma vasta obra que está a ser traduzida em cerca de cinquenta países. A sua linguagem, em rutura com as tradições líricas portuguesas, e a subversão dos géneros literários fazem dele um dos mais inovadores escritores europeus da atualidade. Recebeu importantes prémios em Portugal e no estrangeiro. Em Portugal, destacam-se o Grande Prémio de Romance e Novela da APE, o Prémio Literário José Saramago, o Prémio Fernando Namora, entre outros. Em França, Aprender a Rezar na Era da Técnica foi premiado com o Prix du Meilleur Livre Étranger em 2010, prémio atribuído antes a autores como Elias Canetti, Robert Musil, Orhan Pamuk, Philip Roth, Gabriel García Márquez, entre outros. Recebeu ainda o Premio Internazionale Trieste Poesia em 2008, o Prémio Belgrado Poesia em 2009, o Grand Prix Littéraire du Web Cultura em 2010 e duas vezes o Prémio Oceanos no Brasil, tendo sido finalista por diversas vezes do Prix Médicis e do Prix Femina. Saramago vaticinou-lhe o Prémio Nobel. Vasco Graça Moura escreveu que Uma Viagem à Índia dará ainda que falar dentro de cem anos. Alberto Manguel considerou-o um dos grandes autores universais. Em entrevista recente, Vila-Matas comparou-o a Kafka e Lobo Antunes. O mesmo já fizera a The New Yorker, afirmando que, tal como em Kafka e Beckett, Gonçalo M. Tavares mostrava que a «lógica pode servir eficazmente tanto a loucura como a razão». Recentemente, Gonçalo M. Tavares recebeu o primeiro prémio pelo conjunto da sua obra, o Prémio Literário Vergílio Ferreira 2018, pela «originalidade da sua obra ficcional e ensaística, marcada pela construção de mundos que entrecruzam diferentes linguagens e imaginários». Em 2019, recebeu o prémio de melhor tradução literária no México com o livro Uma Menina Está Perdida no Seu Século à procura do Pai.
Margarida Calafate Ribeiro é doutorada pelo King´s College, Universidade de Londres, é investigadora-coordenadora no Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra e, com Roberto Vecchi, responsável pela Cátedra Eduardo Lourenço, Camões / Universidade de Bolonha. Recebeu uma bolsa do Conselho Europeu de Investigação (ERC), com o projeto de investigação MEMOIRS – Filhos de Império e Pós-Memórias Europeias (2016-2021).
É membro da Comissão para as Comemorações do Centenário de Eduardo Lourenço (CEI, Guarda). É autora, co-autora e organizadora de livros e artigos, de que se destaca a organização, com Roberto Vecchi, do livro de Eduardo Lourenço, Do Colonialismo como o nosso Impensado (Gradiva,2014).
Margarida Calafate Ribeiro é doutorada pelo King´s College, Universidade de Londres, é investigadora-coordenadora no Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra e, com Roberto Vecchi, responsável pela Cátedra Eduardo Lourenço, Camões / Universidade de Bolonha. Recebeu uma bolsa do Conselho Europeu de Investigação (ERC), com o projeto de investigação MEMOIRS – Filhos de Império e Pós-Memórias Europeias (2016-2021).
É membro da Comissão para as Comemorações do Centenário de Eduardo Lourenço (CEI, Guarda). É autora, co-autora e organizadora de livros e artigos, de que se destaca a organização, com Roberto Vecchi, do livro de Eduardo Lourenço, Do Colonialismo como o nosso Impensado (Gradiva,2014).

© Nuno Simão Gonçalves

Isabel Lucas é jornalista e crítica literária. Licenciada em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa, começou a fazer jornalismo na televisão e passou, entretanto, pelas redações de alguns dos principais jornais e revistas portugueses. Freelancer desde 2012, escreve regularmente para o jornal Público, colabora com a revista Ler, com a Quatro Cinco Um e com a Antena 3. É autora de Conversas com Vicente Jorge Silva (Temas e Debates, 2013) e, na Companhia das Letras, dos livros Viagem ao sonho americano, Viagem ao país do futuro e Conversas com escritores. É coautora de livros na área da dança e das artes plásticas. Em 2022, foi curadora da programação do Pavilhão de Portugal, na Bienal do Livro de São Paulo. É curadora do Prémio Oceanos de Literatura e professora na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa. Venceu, em 2021, a primeira edição do Prémio Jornalismo de Excelência Vicente Jorge Silva.
Isabel Lucas é jornalista e crítica literária. Licenciada em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa, começou a fazer jornalismo na televisão e passou, entretanto, pelas redações de alguns dos principais jornais e revistas portugueses. Freelancer desde 2012, escreve regularmente para o jornal Público, colabora com a revista Ler, com a Quatro Cinco Um e com a Antena 3. É autora de Conversas com Vicente Jorge Silva (Temas e Debates, 2013) e, na Companhia das Letras, dos livros Viagem ao sonho americano, Viagem ao país do futuro e Conversas com escritores. É coautora de livros na área da dança e das artes plásticas. Em 2022, foi curadora da programação do Pavilhão de Portugal, na Bienal do Livro de São Paulo. É curadora do Prémio Oceanos de Literatura e professora na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa. Venceu, em 2021, a primeira edição do Prémio Jornalismo de Excelência Vicente Jorge Silva.