Mesas de debate

Ciclo de cinco debates em que se abordam aspetos do multilinguismo, da variação linguística e do nascimento de novas expressões artísticas em contextos multiculturais. Os debates decorrem na Biblioteca Palácio Galveias.

Novos versos: A conquista de um estatuto consagrado para o rap e o hip-hop

04 de maio | 19:00

Biblioteca Palácio Galveias, Sala José Saramago

CONVIDADOS: KALAF EPALANGA e PEDRO ADÃO e SILVA
MODERAÇÃO: ANTÓNIO CONTADOR

Debate sobre se a estetização do hip-hop é uma verdadeira conquista da cultura urbana ou antes uma rendição, resultado da  adaptação da sua linguagem a formas artísticas mais tradicionais. Estarão os artistas de rap e hip-hop a ceder perante o público, o mercado e a política dominante? Estará o hip-hop a abandonar o plano político que já ocupou, quando, em nome da justiça social, se situava mais para além da arte, junto da reclamação de uma voz própria?

A construção da cidade na perspetiva pós-colonial

05 de maio | 19:00

Biblioteca Palácio Galveias, Sala José Saramago

CONVIDADOS: CARLA FERNANDES e FLÁVIO ALMADA
MODERAÇÃO: ANA NAOMI DE SOUSA

Debate sobre a paisagem atual da área metropolitana de Lisboa, que se caracteriza por um contraste vincado entre as edificações, populações e quotidianos do centro e dos subúrbios da cidade. Será que se assiste a uma forma de replicar e banalizar as discriminações coloniais que se observavam nas cidades das antigas colónias portuguesas? Como é que as comunidades imigrantes de várias gerações têm dado forma a um novo género de cidade, quer sob o ponto vista material quer renovando imaginários que resistem e subvertem esses padrões?

… gerado, não criado…: uma discussão sobre geradores de texto automático

06 de maio | 16:30

Biblioteca Palácio Galveias, Sala José Saramago

CONVIDADOS: ANDRÉ BARATA e LUÍS SARMENTO
MODERAÇÃO: RUI SOUSA SILVA

No momento em que a escrita automática se tornou tão aparentemente democrática – dado o acesso livre a ferramentas como a do ChatGPT –, os convidados desta mesa debruçam-se sobre um traço que parece ser comum aos textos obtidos por esses meios: o da sua normalização, tendendo para um padrão comum e não para a variação, a originalidade e a diversidade. De posse deste novo instrumento, os escritores que o quiserem usar podem deparar-se com um desafio mais exigente para a sua capacidade criativa.

As falas dobradas: debate sobre a tradução de textos multilingues

06 de maio | 18:00

Biblioteca Palácio Galveias, Sala José Saramago

CONVIDADOS: ALEXANDRA LOPES, ANA MARIA PEREIRINHA e PAULO FARIA
MODERAÇÃO: MARGARIDA VALE DE GATO

Em muitos dos romances que têm a sua intriga construída em torno de personagens imigrantes ou descendentes de imigrantes, confia-se no registo misto das suas falas – em duas línguas ou duas variedades de língua – para que o leitor as reconheça como bem imitadas. Mas o salto constante de registo converte-se numa prova de grande dificuldade quando se passa a traduzir tal literatura. Nesta mesa, o debate centra-se nas soluções de tradução que já foram propostas para autores como Zadie Smith ou Junot Díaz, que introduzem variedade linguística na construção dos ambientes multiculturais habitados pelas suas personagens.

O som da terra: debate sobre o preconceito dialetal

07 de maio | 15:00

Biblioteca Palácio Galveias, Sala José Saramago

CONVIDADOS: CLARA KEATING e CARLOS PEREIRA
MODERAÇÃO: ANA COSTA

De entre os combates às diferentes formas de intolerância que se têm travado nas sociedades modernas, um deles parece conduzir sempre a uma solução impossível devido à multiplicidade de crenças que envolve, muitas delas contraditórias. Trata-se do combate ao preconceito dialetal, que será abordado nesta mesa na perspetiva da sociolinguística, da sátira e do ensino.
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