património & ambiente
No processo de desenhar a civilização, a Humanidade cria património, cultura. Mas a natureza também é património e é, muitas vezes, demasiadas vezes, atropelada por nós.
O Homem é um ser cultural. Isto significa que aprendemos com os nossos pais e avós (como os animais, em certa medida), mas também com os nossos antepassados, com o que eles pensaram, questionaram, produziram, registaram, destruíram. A memória individual e coletiva é uma grande professora.
A nossa passagem pela Terra é, tal como a dos outros animais e das plantas, isso mesmo: uma passagem. E durante esse tempo e caminho, somos os grandes responsáveis por tomar conta dela. E temos sido bastante irresponsáveis.
Para esta quarta janela, escolhemos livros que pensam o que é património e o que andamos a fazer ao ambiente em que vivemos. Livros que acendem luzes sobre sentidos e significados do que andamos a construir (e a destruir) neste planeta e que apontam caminhos para valorizarmos o que tem realmente valor.
Com O dicionário do Menino Andersen, pensamos a língua como património e brincamos com as palavras, que são riquezas preciosas.
Com A Manta do José, lembramos a importância da memória e da história e o valor que cada objeto pode ter, mesmo depois de (aparentemente) ter deixado de servir.
Com o Cem sementes, refletimos sobre a resistência e a paciência e olhamos a natureza que nos rodeia como património a preservar.
Com o Arrumado, olhamos o modo cego como a Humanidade tem atuado sobre a natureza e constatamos como as ações têm sempre consequências — boas ou más.
NO protesto, reconhecemos a força do silêncio e verificamos como, tantas vezes, mesmo sem falarem, a Terra e os animais nos chamam à razão.