Português, uma língua entre muitas
DEBATE GRAVADO NO DIA 5 DE MAIO, NO CONTEXTO DA CELEBRAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA.
No Brasil, em África e em diferentes pontos da Ásia, o português ocupa o quotidiano de milhões de pessoas que também falam outras línguas. Se ameaçadas de extinção ou fechadas no circuito do vernáculo, essas línguas podem vir a ser resgatadas pelos escritores cuja voz de língua portuguesa ecoa junto de um público mundial.
Convidados
Hugo Cardoso é Professor Auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Lecionou também em Macau e Hong Kong. A sua pesquisa aborda o contacto linguístico envolvendo a língua portuguesa, incidindo sobretudo nos crioulos de base portuguesa da Ásia Meridional, línguas ameaçadas sobre as quais tem feito uma extensa documentação e descrição. O seu trabalho combina uma perspetiva sincrónica com um interesse pela história destas línguas e das suas comunidades de origem, bem como por questões relacionadas com a diversidade linguística, o multilinguismo e a preservação de línguas minoritárias.
Hugo Cardoso é Professor Auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Lecionou também em Macau e Hong Kong. A sua pesquisa aborda o contacto linguístico envolvendo a língua portuguesa, incidindo sobretudo nos crioulos de base portuguesa da Ásia Meridional, línguas ameaçadas sobre as quais tem feito uma extensa documentação e descrição. O seu trabalho combina uma perspetiva sincrónica com um interesse pela história destas línguas e das suas comunidades de origem, bem como por questões relacionadas com a diversidade linguística, o multilinguismo e a preservação de línguas minoritárias.
Ailton Krenak pertence ao povo Krenak, que habita o Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. É doutor honoris causa pela Universidade de Juiz de Fora e ficou conhecido pela proteção ao meio ambiente e por sua visão de sociedade para além do mundo perecível em que vivemos atualmente. É jornalista, produtor gráfico e líder indígena.
Ailton Krenak pertence ao povo Krenak, que habita o Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. É doutor honoris causa pela Universidade de Juiz de Fora e ficou conhecido pela proteção ao meio ambiente e por sua visão de sociedade para além do mundo perecível em que vivemos atualmente. É jornalista, produtor gráfico e líder indígena.
Natural de Macau, formado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, dramaturgo, realizador e linguista, dirigente associativo de organizações macaenses, mentor da cultura macaense e, muito particularmente do crioulo de base portuguesa, o Maquista, mais conhecido por Patuá de Macau. Dedica-se ao teatro neste crioulo, tendo escrito cerca de 28 peças de que é e também encenador. Recentemente publicou o seu primeiro livro de contos Crónicas à Sexta em Outubro de 2020.
Natural de Macau, formado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, dramaturgo, realizador e linguista, dirigente associativo de organizações macaenses, mentor da cultura macaense e, muito particularmente do crioulo de base portuguesa, o Maquista, mais conhecido por Patuá de Macau. Dedica-se ao teatro neste crioulo, tendo escrito cerca de 28 peças de que é e também encenador. Recentemente publicou o seu primeiro livro de contos Crónicas à Sexta em Outubro de 2020.
Ondjaki (Luanda, 1977) é doutorado em Estudos Africanos. Prosador e poeta, também escreve para cinema. É membro da União dos Escritores Angolanos. Recebeu os prémios Sagrada Esperança (Angola, 2004); Conto, da APE (Portugal, 2007); Grinzane para “jovem autor africano” (Itália/Etiópia, 2008); FNLIJ (Brasil, 2010); JABUTI juvenil (Brasil, 2010). Está traduzido para francês, espanhol, italiano, alemão, inglês, sérvio e sueco. Escreve crónicas para jornais (em Angola e Portugal) e, ocasionalmente, é professor de escrita criativa.
Ondjaki (Luanda, 1977) é doutorado em Estudos Africanos. Prosador e poeta, também escreve para cinema. É membro da União dos Escritores Angolanos. Recebeu os prémios Sagrada Esperança (Angola, 2004); Conto, da APE (Portugal, 2007); Grinzane para “jovem autor africano” (Itália/Etiópia, 2008); FNLIJ (Brasil, 2010); JABUTI juvenil (Brasil, 2010). Está traduzido para francês, espanhol, italiano, alemão, inglês, sérvio e sueco. Escreve crónicas para jornais (em Angola e Portugal) e, ocasionalmente, é professor de escrita criativa.
Ungulani Ba Ka Khosa (Inhaminga, Sofala, 1957), nome tsonga (grupo étnico do sul de Moçambique) de Francisco Esaú Cossa, é formado em Direito e em Ensino de História e Geografia. Foi cronista em jornais, co-fundador da revista literária Charrua, diretor-adjunto do Instituto Nacional de Cinema e Audiovisual de Moçambique, diretor do Instituto Nacional do Livro e do Disco e secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos. Com a sua obra de estreia, Ualalapi (1987), passou a integrar a lista dos cem melhores autores africanos do século XX, vindo sendo, desde então, largamente premiado.
Ungulani Ba Ka Khosa (Inhaminga, Sofala, 1957), nome tsonga (grupo étnico do sul de Moçambique) de Francisco Esaú Cossa, é formado em Direito e em Ensino de História e Geografia. Foi cronista em jornais, co-fundador da revista literária Charrua, diretor-adjunto do Instituto Nacional de Cinema e Audiovisual de Moçambique, diretor do Instituto Nacional do Livro e do Disco e secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos. Com a sua obra de estreia, Ualalapi (1987), passou a integrar a lista dos cem melhores autores africanos do século XX, vindo sendo, desde então, largamente premiado.