O futuro da Literatura é o seu passado
José Pacheco Pereira e Abel Barros Baptista, moderação de Maria Antónia Oliveira
Na máxima que dá título a esta conversa, da autoria do escritor brasileiro Milton Hatoum, está expressa a ideia da importância de regressar permanentemente aos clássicos. Ou de como, com raras exceções, é mais fácil encontrar novidade em textos antigos do que em obras acabadas de publicar.
Convidados

Nasceu em Viseu, em 1964. O seu primeiro livro A Tristeza Contentinha de Alexandre O’Neill (Caminho, 1992) ganhou o Prémio de Revelação de Ensaio APE/IPLL do ano de 1990. Como o ensaio não a satisfazia, por achar que a sua linguagem estava ainda demasiado presa a formulações académicas desinteressantes e pouco operativas, escreve, então, a biografia Alexandre O’Neill, vinda a lume em 2007. Alexandre O’Neill. Uma Biografia Literária foi reeditada em 2024 pela Assírio & Alvim, em versão aumentada. Doutorou-se na FCSH da Universidade Nova de Lisboa com a tese Os Biógrafos de Camilo (2010). Para celebrar os 40 anos da Escola Ar.Co, escreveu Não.Uma Biografia do Ar.Co (Documenta, 2014). Sendo esta uma biografia de um não-humano, optou por uma abordagem ao género não-convencional, que não lhe retirasse contudo o estatuto de narrativa factual. Depois, a partir da biografia de Alexandre O’Neill, surgiu uma peça de teatro e a coautoria do guião do filme Um Filme em Forma de Assim (2022), de João Botelho. Desde 2018, ensina Escrita de Biografia na pós-graduação em Artes da Escrita na Universidade Nova de Lisboa. Atualmente, trabalha na biografia de Cesário Verde e afirma que «Aprendo que cada biografia que escrevo é diferente da anterior, dependendo totalmente do biografado – como se novamente inaugurasse a minha aproximação ao género biográfico.». Prepara, para sair em breve, a edição digital de Os Biógrafos de Camilo, na coleção Camiliana Estudos, da Imprensa Nacional.
Nasceu em Viseu, em 1964. O seu primeiro livro A Tristeza Contentinha de Alexandre O’Neill (Caminho, 1992) ganhou o Prémio de Revelação de Ensaio APE/IPLL do ano de 1990. Como o ensaio não a satisfazia, por achar que a sua linguagem estava ainda demasiado presa a formulações académicas desinteressantes e pouco operativas, escreve, então, a biografia Alexandre O’Neill, vinda a lume em 2007. Alexandre O’Neill. Uma Biografia Literária foi reeditada em 2024 pela Assírio & Alvim, em versão aumentada. Doutorou-se na FCSH da Universidade Nova de Lisboa com a tese Os Biógrafos de Camilo (2010). Para celebrar os 40 anos da Escola Ar.Co, escreveu Não.Uma Biografia do Ar.Co (Documenta, 2014). Sendo esta uma biografia de um não-humano, optou por uma abordagem ao género não-convencional, que não lhe retirasse contudo o estatuto de narrativa factual. Depois, a partir da biografia de Alexandre O’Neill, surgiu uma peça de teatro e a coautoria do guião do filme Um Filme em Forma de Assim (2022), de João Botelho. Desde 2018, ensina Escrita de Biografia na pós-graduação em Artes da Escrita na Universidade Nova de Lisboa. Atualmente, trabalha na biografia de Cesário Verde e afirma que «Aprendo que cada biografia que escrevo é diferente da anterior, dependendo totalmente do biografado – como se novamente inaugurasse a minha aproximação ao género biográfico.». Prepara, para sair em breve, a edição digital de Os Biógrafos de Camilo, na coleção Camiliana Estudos, da Imprensa Nacional.
José Pacheco Pereira (Porto, 1949) participou na luta contra a ditadura antes do 25 de Abril. Foi professor de vários graus de ensino, deputado na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, e dirigente do PSD. Publicou mais de uma dezena de livros sobre história e política. Colabora regularmente na imprensa escrita, na rádio e na televisão. Dedica-se desde há muito à preservação de livros, periódicos, documentos e objetos ligados à história contemporânea portuguesa. Criou e mantém o Arquivo/Biblioteca Ephemera, o maior arquivo privado português.
José Pacheco Pereira (Porto, 1949) participou na luta contra a ditadura antes do 25 de Abril. Foi professor de vários graus de ensino, deputado na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, e dirigente do PSD. Publicou mais de uma dezena de livros sobre história e política. Colabora regularmente na imprensa escrita, na rádio e na televisão. Dedica-se desde há muito à preservação de livros, periódicos, documentos e objetos ligados à história contemporânea portuguesa. Criou e mantém o Arquivo/Biblioteca Ephemera, o maior arquivo privado português.

©Ana Brigida

Abel Barros Baptista é professor catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde tem ensinado sobretudo Literatura Brasileira. É autor de alguns livros de crítica literária, destacando-se os que dedicou a Camilo e a Machado de Assis. Foi diretor-adjunto da revista Colóquio/Letras, e publicou várias coletâneas de ensaios e crónicas: A Infelicidade pela Bibliografia (2001), Coligação de Avulsos (2003), Ensaios Facetos (2004), De Espécie Complicada (2010), E Assim Sucessivamente (2015). O seu último livro, Obnóxio (Cenas), saiu em 2019. Na extinta Livros Cotovia, dirigiu o Curso Breve de Literatura Brasileira, em 14 volumes (2005-2007); atualmente coordena, com Clara Rowland, a coleção «Os melhores deles todos», também dedicada à literatura brasileira.
Abel Barros Baptista é professor catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde tem ensinado sobretudo Literatura Brasileira. É autor de alguns livros de crítica literária, destacando-se os que dedicou a Camilo e a Machado de Assis. Foi diretor-adjunto da revista Colóquio/Letras, e publicou várias coletâneas de ensaios e crónicas: A Infelicidade pela Bibliografia (2001), Coligação de Avulsos (2003), Ensaios Facetos (2004), De Espécie Complicada (2010), E Assim Sucessivamente (2015). O seu último livro, Obnóxio (Cenas), saiu em 2019. Na extinta Livros Cotovia, dirigiu o Curso Breve de Literatura Brasileira, em 14 volumes (2005-2007); atualmente coordena, com Clara Rowland, a coleção «Os melhores deles todos», também dedicada à literatura brasileira.