Joana Rosa Bragança – Máquina Desejante

Esta máquina não é uma representação fixa – está sempre em funcionamento. Liga-se a tudo o que a rodeia – pensamentos, memórias, imagens – e transforma isso em sonhos. Engrena com quem a observa, altera-se no olhar de cada um e prolonga-se em novas ligações. Não há um ponto final, porque o desejo nunca para de produzir.

E isto reside profundamente no subconsciente coletivo de todos nós, onde as camadas de desejo se entrelaçam e se tornam parte do nosso ser. Ao observarem a Máquina Desejante que criei, sinto que as pessoas não precisam de grandes explicações – algo nesse movimento de produção desejante já ressoará e será automaticamente captado no  olhar, e será parte de um processo maquinal de transformação.