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Jorge Amorim
Curador
A escrita sempre foi tecnologia, desde a prensa de Gutenberg ao processador de texto. A Inteligência Artificial (IA) representa apenas mais um capítulo nessa história. Mas algo muda quando são as máquinas a gerar textos. O quê? Como podemos preservar a originalidade, o conhecimento e o pensamento crítico? No Festival Lisboa 5L deste ano, a literatura encontra a IA — e ambas conversam.
Hoje, a IA está facilmente disponível para qualquer pessoa, seja através de um telemóvel ou de um computador. Para recorrer à IA, basta abrir uma aplicação, e as suas possíveis utilizações são infinitas, ficando a sua aplicação ao critério, ao bom senso e à responsabilidade de cada utilizador.
A literatura e o cinema de ficção científica imaginaram várias possibilidades apocalípticas para o uso da IA. É no cruzamento entre a produção feita por mentes humanas e a produção feita digitalmente que se estruturam três pilares de conversa:
A escrita enquanto atividade que sobreviverá à tecnologia;
A necessidade de preparar todas as etapas para compreender dados e o uso da IA;
A fronteira entre a ética e o pensamento humano.
Para explorar estas questões, propomos uma mesa-redonda dedicada a estes temas e um workshop de escrita com IA, explorando o prompt engineering como ferramenta criativa. A inovação pode ser inquietante, mas também abre novas possibilidades — e é por isso que marca presença no Lisboa 5L.