A língua portuguesa na era da IA
António Horta Branco
Com António Horta Branco
O advento da Inteligência Artificial generativa representa o maior choque tecnológico da história das línguas naturais. Revoluções anteriores – como a invenção da escrita ou da imprensa – reconfiguraram profundamente a sobrevivência das línguas e o destino dos seus falantes. Agora, porém, o impacto é ainda mais disruptivo.
Estará a língua portuguesa tecnologicamente preparada para enfrentar este desafio civilizacional?
Entre a utopia do aperfeiçoamento humano e a distopia da alienação, como educar jovens que passam doze anos em salas de aula para um mundo onde a IA já lê, escreve, calcula, pinta, compõe, filma e raciocina por nós?
Quais as implicações geopolíticas deste choque tecnológico na atual configuração
sociotécnica?
Que políticas públicas, estratégicas e mobilizadoras, poderão estar à altura deste
desafio?
Convidados
António Branco é um cientista que se dedica à IA e à sua subárea de Processamento de Linguagem Natural. Coordena a equipa pioneira no desenvolvimento de Grandes Modelos de Linguagem (LLMs) que são específicos para a língua portuguesa e são “triplo A”, i.e. de código, licença e acesso abertos, incluindo as famílias de modelos Albertina (codificadores), Gervásio (descodificadores) e Serafim (vetorizadores). É Diretor Geral da PORTUGAL CLARIN – Infraestrutura de Investigação para a Ciência e Tecnologia da Linguagem, que pertence à Rede Nacional de Infraestruturas de Investigação de Interesse Estratégico da FCT e é o nó nacional da Infraestrutura Europeia CLARIN ERIC, com mais de 20 países membros. É Presidente Honorário da ELRA – Language Resources Association, depois de ter sido seu Presidente (2018-22). Com sede em Paris, a ELRA é a associação científica internacional para a ciência e tecnologia da linguagem e do multilinguismo. Foi um dos fundadores do Colégio Doutoral Mente-Cérebro da Universidade de Lisboa, assim como do curso interfaculdades de Doutoramento em Ciência Cognitiva, de que também foi Coordenador (2020-2024). António Branco é professor na Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, Departamento de Informática, onde é Coordenador do NLX – Grupo de Fala e Linguagem Natural.
António Branco é um cientista que se dedica à IA e à sua subárea de Processamento de Linguagem Natural. Coordena a equipa pioneira no desenvolvimento de Grandes Modelos de Linguagem (LLMs) que são específicos para a língua portuguesa e são “triplo A”, i.e. de código, licença e acesso abertos, incluindo as famílias de modelos Albertina (codificadores), Gervásio (descodificadores) e Serafim (vetorizadores). É Diretor Geral da PORTUGAL CLARIN – Infraestrutura de Investigação para a Ciência e Tecnologia da Linguagem, que pertence à Rede Nacional de Infraestruturas de Investigação de Interesse Estratégico da FCT e é o nó nacional da Infraestrutura Europeia CLARIN ERIC, com mais de 20 países membros. É Presidente Honorário da ELRA – Language Resources Association, depois de ter sido seu Presidente (2018-22). Com sede em Paris, a ELRA é a associação científica internacional para a ciência e tecnologia da linguagem e do multilinguismo. Foi um dos fundadores do Colégio Doutoral Mente-Cérebro da Universidade de Lisboa, assim como do curso interfaculdades de Doutoramento em Ciência Cognitiva, de que também foi Coordenador (2020-2024). António Branco é professor na Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, Departamento de Informática, onde é Coordenador do NLX – Grupo de Fala e Linguagem Natural.
