mundo & humanidade
E eis que estamos no mundo!
De certa maneira, ao caminharmos do eu para o outro, na casa e na família, para a cidade e em sociedade, entre o património e o ambiente, regressamos ao ‘eu’ — agora um ‘eu’ no mundo, um ‘eu” coletivo: a humanidade.
A humanidade ocupa a Terra e molda o mundo. Procuramos respostas para o porquê de habitarmos este globo azulado a pairar no espaço negro. Respostas (que são mais perguntas) sobre o porquê de nascermos e de morrermos, da alegria e da tristeza, da felicidade e do sofrimento, da justiça e da injustiça. Questionamos o tempo e moldamos o espaço.
Para esta quinta janela, escolhemos livros que questionam o sentido da vida e da morte. Livros que nos levam a pensar o nosso lugar no mundo e o papel que somos chamados a representar enquanto membros desta irmandade que é a humanidade.
No Eu espero, seguimos a linha da vida, com as suas intermitências, laços, nós e cortes e saboreamos o valor da espera e a riqueza de uma vida cheia.
Com O urso e o gato selvagem, sentimos o peso da perda, da saudade, da morte e procuramos maneiras de fazer o luto e voltar à vida.
Em A guerra, sentimos o cheiro do medo, observamos o sem sentido da violência e da prepotência e as consequências da destruição cega.
Em A nuvem, apercebemo-nos da tantas vezes estranha forma de pensar e agir da Humanidade e de como, frequentemente, se fazem tempestades em copos de água.
Com o Aqui estamos nós, reconciliamo-nos com a nossa presença no mundo e assumimos a responsabilidade e o privilégio de tratarmos da Terra e dos outros que, connosco, nela habitam.